Coliving: o que é e como funciona

Em um espaço urbano cada vez mais individualizado, a busca por espaços de convivência, moradia e sustentabilidade tem crescido nos últimos anos. Nesse cenário, o coliving se tornou uma tendência nas grandes cidades, seja com o objetivo de reduzir custos, viver em comunidades ou adotar a ideia de economia compartilhada.

O que é coliving?

Coliving é um conceito de moradia compartilhada entre pessoas que buscam maior economia, um estilo de vida mais sustentável e senso de comunidade.

Cada vez mais, tem se tornado uma alternativa para pessoas que têm pouco tempo para fazer as tarefas de casa, viajam bastante ou não desejam morar sozinhas.

Em tempos de economia colaborativa, morar sozinho ou somente com familiares não é mais a única opção e muitos procuram casas ou apartamentos compartilhados, especialmente em grandes cidades.

Em geral, os espaços de coliving são projetados e administrados por empresas especializadas que possuem unidades em diferentes locais.

O formato depende das regras de cada local e das necessidades dos moradores mas, na maioria das vezes, há alguns espaços privados e outros coletivos, como áreas de descanso e descontração.

Embora tenha se popularizado recentemente, esse conceito surgiu em 1972, na Dinamarca.

A primeira comunidade, chamada Sættedammen, era formada por 35 famílias que possuíam moradias individuais mas compartilhavam espaços de convivência e atividades como manutenção, limpeza e refeições.

Nos anos 1980 e 1990, a ideia chegou aos Estados Unidos, Inglaterra e Canadá, e também pode ser conhecida como cohousing.

Entre as maiores vantagens desse estilo de moradia estão a economia de recursos, já que a vida em comunidade costuma reduzir os gastos com água, luz e aluguel, e otimização do tempo, já que é possível compartilhar tarefas.

É comum que esse projeto seja comparado a uma república de estudantes, mas a principal diferença é que no coliving há um senso de comunidade e economia colaborativa.

Os moradores se ajudam em questões do dia a dia e compartilham não apenas as tarefas de casa, mas também roupas, objetos e um estilo de vida parecido.

Além disso, a república geralmente é formada por estudantes, enquanto na outra moradia as pessoas costumam se unir por interesses em comum, sem limite de idade.

Projeto de coliving

Outro ponto importante é que um projeto de coliving, muitas vezes, tem um viés de sustentabilidade e baixo impacto ambiental, como placas solares e sistemas de reaproveitamento de água, por exemplo.

Muitos espaços costumam ter um design arrojado e estruturas para tornar a vida dos moradores mais prática e organizada.

Os espaços são entregues mobiliados, decorados e prontos para morar, por isso a identidade visual e a praticidade costumam ser pontos importantes que ajudam a atrair futuros moradores.

Existem diversos tipos de coliving voltados a diferentes nichos de mercado, desde recém-formados até famílias e idosos.

Outro público que tem maior facilidade para se adaptar a uma vida compartilhada em comunidade são os nômades digitais e cidadãos globais.

Essas pessoas costumam passar pouco tempo em cada cidade, então pode ser vantajoso aproveitar os benefícios de empresas que possuem unidades espalhadas em diversas cidades do mundo.

O projeto desses ambientes costuma dar bastante ênfase aos espaços compartilhados, que são um dos atrativos.

Além disso, pés-direitos altos, plantas livres, menor quantidade de pilares (que envolve o uso de estruturas mais leves, como lajes alveolares ou protendidas), concentração da parte técnica (elevadores, tubulação, e etc.) em lugares específicos da edificação, uso de tubulações aparentes, forros e divisórias móveis e leves costumam ser comuns em projetos do tipo.

Devido à sustentabilidade e ao estilo de economia circular, materiais mais leves como madeira, bambu, plástico, alumínio e até mesmo papel ou papelão podem estar presentes nesses locais.

Agora que você já sabe o que é um coliving, saiba mais sobre o papel do arquiteto na sociedade.