18 de maio de 2022
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Arquitetura
O que é design thinking e qual sua relação com a arquitetura?
Entenda o que é design thinking e qual sua relação com a arquitetura, de forma a atender às necessidades reais das pessoas.
O design thinking é uma abordagem focada em inovação, centrada no ser humano e que visa atender às necessidades reais das pessoas. Por ser bastante ampla, pode ser aplicada em diversos segmentos, inclusive na arquitetura e design.
A aplicação do design thinking na arquitetura envolve projetar as melhores soluções, seja em ambientes corporativos ou comerciais, por exemplo, tendo como ponto de partida as necessidades de cada cliente. Continue lendo e saiba mais sobre como utilizar essa metodologia no dia a dia.
O que é design thinking?
Design thinking é uma abordagem de resolução de problemas centrada no ser humano e que utiliza a maneira como os usuários interagem com o produto como a base para desenvolvê-lo cada vez mais.
Ou seja, ao invés de focar somente em pesquisa teórica, suposições e hipóteses, a metodologia é baseada em conceitos de empatia, colaboração e experimentação, visando a um desenvolvimento constante.
Embora o conceito tenha se popularizado nos últimos anos, o termo foi mencionado pela primeira vez no livro “Creative Engineering”, de John E. Arnold, publicado em 1959.
O autor explicou que essa abordagem particular tem a habilidade de resolver problemas existentes ou de propor uma maneira inteiramente nova de utilizar um produto, diminuir custos de produção e aumentar as vendas.
Atualmente, essa ideia permeia diversas disciplinas pois consiste na utilização da criatividade como um meio de abordar a demanda cada vez maior por inovação, de modo a atender às demandas dos clientes e manter a competitividade da empresa perante a concorrência.
Para isso, as principais etapas da aplicação em um projeto são:
- Imersão: consiste na identificação e entendimento do problema a partir de diferentes modos de observação (entrevistas presenciais, por exemplo) e pesquisas aprofundadas sobre a questão encontrada.
- Análise e síntese: após identificar a problemática, é necessário organizar e analisar todas as informações obtidas durante a fase de imersão. Nesta etapa também são desenvolvidos os desafios para a solução do problema, ajudando a criar uma melhor compreensão.
- Ideação: após a definição dos objetivos, nesta fase deve-se organizar brainstormings entre os envolvidos no projeto para gerar e debater ideias inovadoras para a solução dos problemas. O principal objetivo é encontrar oportunidades e a possibilidade de criar novos caminhos para resolver os desafios impostos.
- Prototipação: nesta etapa ocorre a concretização das ideias abstratas e a materialização e validação de todo o conteúdo por meio da realização de diversos testes. Caso os resultados sejam produtivos, rentáveis e consigam solucionar os problemas e desafios propostos inicialmente, o produto passa para a fase de desenvolvimento.
- Execução e entrega do projeto final: mesmo depois da entrega, é importante monitorar os resultados por meio de conversas que melhoram o relacionamento com todos envolvidos – o que é relevante para manter o controle de qualidade e ter certeza de que a necessidade do cliente foi atingida. Esse ciclo deve ser repetido periodicamente, buscando atender possíveis desafios que surgirem com o tempo e continuar aprimorando cada vez mais a solução.
Qual a aplicação do design thinking na arquitetura?
Apesar do conceito ter a palavra “design” em seu nome, a abordagem é bastante ampla e pode ser aplicada na engenharia, desenvolvimento de produtos, educação, arquitetura e diversas outras áreas do conhecimento.
Na arquitetura, esse conceito está alinhado com as competências básicas da profissão, como a criação de projetos voltados às pessoas, gerenciamento de variáveis e concretização de soluções a partir de uma cadeia de parceiros fundamentais para o esclarecimento das ideias.
Além disso, a base dos aspectos teóricos e técnicos da profissão de arquiteto fazem com que o profissional olhe além do ambiente construído como um espaço funcional e o veja como uma resposta física às demandas urbanas, comuns e ambientais.
Esse fator segue as tendências de negócios atuais, em que empresas, produtos e serviços são focados em inovar e, para isso, é preciso ter a capacidade de projetar ou integrar o design em uma organização com o objetivo de promover um ambiente criativamente acolhedor.
A experimentação, um dos pilares dessa abordagem inovadora, diz respeito a testar as ideias e poder voltar atrás se elas não performarem adequadamente.
Na arquitetura, ao avaliar todas as condicionantes de uma demanda e tomar as decisões necessárias, é fundamental poder se distanciar e avaliar se a experiência está compatível com as expectativas do cliente, da equipe e da cidade, agregando valor aos usuários.
Outro ponto essencial na aplicação do design thinking na arquitetura é a colaboração em todas as etapas, desde o projeto até a realização. Saiba mais sobre a importância da parceria entre o arquiteto e a empresa fornecedora de móveis.
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