Design biofílico: o que é e como pode ser aplicado

Em um mundo urbano, tecnológico e com arquitetura industrial, a conexão entre as pessoas e a natureza parece cada vez mais distante do dia a dia. Nesse cenário, o design biofílico surgiu para resgatar os ambientes naturais com o objetivo de melhorar a saúde e bem-estar das pessoas.

O que é design biofílico?

O conceito de design biofílico vem ganhando espaço em ambientes corporativos, residenciais e comerciais, pois pode ser aplicado de diferentes formas de acordo com o projeto.

A palavra biofilia vem do grego e significa amor à vida. Esse termo foi cunhado pelo psicólogo e filósofo Erich Fromm, mas se popularizou em 1984 com o lançamento do livro Biofilia.

A obra explica a relação e a conexão dos seres humanos com o mundo natural, gerando reflexões sobre como as pessoas respondem a ambientes com a presença da natureza.

Nos últimos anos, com a conscientização sobre a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente, houve um aumento na busca por aproximar a natureza dos ambientes construídos, sejam casas, escritórios ou espaços gastronômicos, por exemplo.

Os três pilares do design biofílico são:

• Experiência direta com a natureza: água, luz, fogo, ar, plantas, animais, paisagens naturais e ecossistemas, clima e materiais naturais.
• Experiência indireta com a natureza: materiais naturais, imagens da natureza, cores naturais, simulação natural de luz e ar, formas naturais evocando a natureza, riqueza de informação, idade, mudança e detonação do tempo, geometrias naturais e biomimética.
• Experiência de espaço e lugar: complexidade organizada, idade, mudança e detonação, prospecção e refúgio, espaços de transição, vínculos culturais e ecológicos com o local e mobilidade de orientação.

Como aplicar o design biofílico em seu projeto?

Entre os benefícios do design biofílico estão o aumento do bem-estar físico, mental e redução dos níveis de estresse das pessoas que utilizam o espaço.

Além disso, a presença da natureza no cotidiano demonstrou um aumento na produtividade e concentração em ambientes educacionais e empresariais, junto ao estímulo da criatividade e empatia.

Para isso, a principal estratégia é incorporar características do mundo natural aos espaços construídos, como água, vegetação, luz natural e elementos de madeira e pedra.

Os projetos com este tipo de design também costumam ter formas e silhuetas botânicas e orgânicas em vez de linhas retas, além de estabelecer relações visuais entre luz e sombra.

Confira os pontos mais importantes de um projeto biofílico:

• Vista

Em espaços urbanos, nem sempre é possível criar espaços que possibilitam a contemplação de paisagens naturais, como árvores ou praias, por exemplo.

Uma alternativa é incluir pátios com árvores ou gramados para que os ocupantes tenham acesso à natureza e uma vista mais agradável.

• Iluminação natural

A luz natural é um importante fator de bem-estar para as pessoas e também ajuda a reduzir gastos com energia.

Embora nem todo projeto comercial possa ter janelas amplas, algumas alternativas são a instalação de tubos solares ou átrios, que possibilitam a entrada da luz natural difusa.

• Qualidade do ar e ventilação

Em geral, as pessoas que passam o dia inteiro dentro do escritório costumam sair em algum momento para tomar ar fresco.

Em um espaço com grandes janelas, portas de correr para áreas externas ou claraboias, que ajudam a promover a troca de ar saudável, essa necessidade pode ser atendida de forma planejada e eficiente.

• Paredes e telhados verdes

Jardins verticais, muros e fachadas verdes são as aplicações mais comuns em projetos arquitetônicos, pois não apenas geram conexão com a natureza, mas ajudam a diminuir o efeito do calor urbano.

O telhado verde funciona ainda como um isolante térmico, reduzindo o aquecimento dos ambientes durante o dia e conservando a temperatura à noite.

Esses são os principais pontos da aplicação do design biofílico, que tem diversas vantagens para as empresas e os ocupantes dos edifícios.

Para saber mais sobre o tema, confira nosso artigo sobre as 5 tendências da arquitetura corporativa para o próximo ano.